A abertura da exposição e o lançamento do livro “Vlavianos – A conquista do espaço” aconteceram ontem (21/09) no Museu de Arte Brasileira da FAAP. O evento contou com a presença de personalidades do mundo das artes, como os colecionadores Nilo e Heloísa Cecco, Adriana Banfi e Eduardo Passarelli, a galerista Graça Bueno e os curadores Sergio Pizoli e Adriana Rede. Também estiveram presentes a produtora cultural Luciana Colombo, a artista plástica Georgia Kyriakakis, a apresentadora Luciana Gimenez e o diretor-presidente da FAAP, Antônio Bias Bueno Guillon.
Nicolas Vlavianos foi um dos principais nomes da escultura no Brasil. Nasceu em Atenas, na Grécia, em 1929. Começou a carreira dedicando-se à pintura nos anos 1950 e se mudou para Paris, onde estudou na Académie de la Grande Chaumière, ao lado do escultor russo Ossip Zadkine, e na Académie du Feu, com o pintor húngaro László Szabó.
A exposição, que fica em cartaz até 05 de novembro no mezanino do Museu, apresenta um panorama da trajetória do artista com foco na produção escultórica dos últimos vinte anos (2001-2021). Com curadoria da professora dos cursos de artes da FAAP, Veronica Stigger, a exposição reúne aproximadamente 50 obras e estabelece relações entre peças deste período e fases mais antigas de sua longa trajetória. São esculturas e maquetes – a maioria feita em aço inox e latão – além de desenhos.
“A exposição adquire um sentido ainda maior diante do recente falecimento de Vlavianos, tornam-se uma homenagem a quem há 60 anos adotou este país e cuja trajetória tanto contribuiu para a escultura brasileira e internacional. Trajetória que, vale destacar, foi tema de três importantes retrospectivas nestas últimas duas décadas”, explica Myrine Vlavianos, filha do artista e organizadora da exposição e do livro, que tem fotografia de Romulo Fialdini e texto de Veronica Stigger.
O escultor e desenhista Nicolas Vlavianos foi também professor de Expressão Tridimensional e Escultura na FAAP de 1969 a 2017, no curso de Artes Plásticas e tem em seu currículo exposições individuais nos principais museus do país: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAMRJ), Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu de Arte Brasileira (MAB FAAP) e Pinacoteca do Estado de São Paulo.
O artista tem obras monumentais em espaços públicos, especialmente na cidade de São Paulo, como a escultura Progresso no Largo do Arouche, Nuvens sobre a Cidade na Praça da Sé, Anavasis na Avenida das Nações Unidas e Homem-Pássaro no Parque da Luz. Além de esculturas no prédio da FAAP como Árvore, Brazilian Nature e Grande Mandala.
Sua obra é marcada por planos geométricos justapostos, assimétricos e irregulares e com frequência discute as relações entre ser humano e máquina. No conjunto de sua produção permanece a tensão entre forma orgânica e abstração.