“O trabalho como um todo sempre teve um peso emocional muito grande para mim. A experiência dessa realização foi muito mais do que um trabalho de conclusão. Foi uma volta às raízes, ao passando, às poucas certezas da vida, um resgate da minha cidade natal e, acima de tudo, uma homenagem para o meu irmão”, celebra a arquiteta.
Denominado Requalificação do Complexo Horto Florestal: uma nova perspectiva social para o centro de Ipiaú (BA), o trabalho foi premiado como destaque na categoria “Projeto de Patrimônio Cultural, Arquitetônico e Urbanístico”. A então aluna contou com a orientação do professor João Sodré.
“O trabalho nasceu a partir da necessidade de requalificar uma grande área subutilizada no centro de Ipiaú, cidade localizada no sul da Bahia”, explica. O projeto propõe uma intervenção para o Horto Florestal e ampliação de equipamentos públicos na região, por meio da construção de um Complexo Social que engloba o Abrigo Institucional, a República Jovem e o Centro Profissionalizante em conexão direta com o Horto Florestal.
De acordo com a arquiteta, o desenvolvimento do trabalho teve como propósito entender a importância e influência da arquitetura na vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “Considerei a falta de programas de reintegração social e de pouca escolaridade dos jovens que precisam sair do abrigo em razão da maioridade e que nessas horas se deparam com uma grande incerteza, impedindo o desenvolvimento deles”, finaliza.