A coleção masculina “Geleia Geral” busca compreender a formação do movimento Tropicalista a partir do conceito da Antropofagia proposta pelo poeta paulistano Oswald de Andrade.

Ana Clara Watanabe iniciou seus estudos na Semana de Arte Moderna de 1922, na qual os artistas brasileiros começaram a questionar os padrões estéticos europeus impostos à arte brasileira e se uniram a fim de criar uma exposição que exaltasse o nacional.

FAAP Moda

16ª Edição

Ano

2019

Participante

Ana Clara Watanabe

Tema

Coleção “Coleção “Geleia Geral”

Ana_Clara

Ana Clara Watanabe iniciou seus estudos na Semana de Arte Moderna de 1922, na qual os artistas brasileiros começaram a questionar os padrões estéticos europeus impostos à arte brasileira e se uniram a fim de criar uma exposição que exaltasse o nacional.

Após esse período o Manifesto Antropofágico é lançado, defendendo a assimilação de outras culturas sem que houvesse a cópia delas, criando algo novo.

O movimento abre portas para novas propostas dentro das artes brasileiras: na literatura, temos como marco o lançamento da revista “Noigandres” dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos e do poeta Décio Pignatari, precursores da Poesia Concreta; o trabalho dos poetas inspira os botões de pressão adicionados às roupas, propondo um jogo divertido que possibilita o intercâmbio de uma peça com outra, despontando novas possibilidades, novos looks, assim como a disposição de palavras na folha possibilitava diferentes leituras. O Cinema Novo, com o trabalho do diretor baiano Glauber Rocha, propunha a denúncia dos problemas sociais do país, sendo um cinema mais político, levando em consideração também o período em que os filmes foram lançados; o movimento inspirou as capas de chuva da coleção, que trazem capuzes que franzem nos rostos com puxadores de cortina, “protegendo” a identidade de quem está usando.

Após esse período o Manifesto Antropofágico é lançado, defendendo a assimilação de outras culturas sem que houvesse a cópia delas, criando algo novo.

O movimento abre portas para novas propostas dentro das artes brasileiras: na literatura, temos como marco o lançamento da revista “Noigandres” dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos e do poeta Décio Pignatari, precursores da Poesia Concreta; o trabalho dos poetas inspira os botões de pressão adicionados às roupas, propondo um jogo divertido que possibilita o intercâmbio de uma peça com outra, despontando novas possibilidades, novos looks, assim como a disposição de palavras na folha possibilitava diferentes leituras. O Cinema Novo, com o trabalho do diretor baiano Glauber Rocha, propunha a denúncia dos problemas sociais do país, sendo um cinema mais político, levando em consideração também o período em que os filmes foram lançados; o movimento inspirou as capas de chuva da coleção, que trazem capuzes que franzem nos rostos com puxadores de cortina, “protegendo” a identidade de quem está usando.

Nas artes plásticas, os Parangolés e o penetrante “Tropicália” criados por Hélio Oiticica convidam o público a participar da obra a partir da incorporação dela, seja por meio do toque ou até mesmo vestindo as capas criadas por ele; o artista tinha como principal inspiração o Morro da Mangueira, o samba e a população local. A partir do estudo dos Parangolés e dos penetrantes nasceram as texturas de crochê, bordado e tapeçaria brincando com o sensorial na roupa, sendo utilizadas mais de 300 meadas e 150 novelos de lã para o desenvolvimento dessas maquetes.

Os seis looks criados por Ana Clara exibem silhuetas supervolumosas que brincam com a abstração do corpo e são favorecidas pela estrutura corporal robusta dos homens. A paleta de cores é composta por um mix de tons vivos, chamativos do neon que se misturam à coloração opaca, na qual aparece o branco transparente.

A expressão “Geleia Geral” de Décio Pignatari, que virou título da canção-manifesto de Torquato Neto e Gilberto Gil, apresentava-se na forma de um Brasil cuja sociedade dividida e contraditória vivia no limiar da modernidade, representada por Ana Clara através do uso de plásticos e elementos de streetwear (como bonés, tênis e mochilas), mas ainda presa à tradição (representada pelas técnicas têxteis manuais). A coleção é cheia de atitude, intrincada pelo processo do fazer cultural brasileiro representado pela mistura, que é soma.

Coleção “Coleção “Geleia Geral”

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Ano

2019

Participante

Ana Clara Watanabe

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