Quarentena, expansão da Covid-19, educação remota e home office foram mudanças que impactaram não apenas a vida das pessoas, mas a maneira como elas usam as redes sociais. É o que mostra o estudo “Mídias Sociais 360º”, realizado pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) em parceria com a Socialbakers.
O estudo – que analisa os 100 perfis de celebridades e marcas no Facebook e Instagram com mais interações – vem acompanhando uma verdadeira montanha-russa nos números de curtidas e comentários, especialmente no Instagram.
Nos três primeiros meses do ano, por exemplo, foi identificado um salto nos números dos perfis de celebridade. Naquela ocasião, a média de interações era de 150.385 por post (crescimento de 20,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior). Já em abril, maio e junho, no auge da pandemia, a média de curtidas e comentários nos perfis de celebridades caiu para 86.503 em cada postagem.
Já na mais recente análise, compreendendo os meses de julho, agosto e setembro, a interação nos perfis de celebridade subiu para 102.030. Essa média é muito próxima do que foi observado no mesmo período de 2019, que era de 105.637, quando nem se falava em coronavírus.
Para os pesquisadores do NiMD FAAP, durante o auge da pandemia houve uma falta de entendimento sobre o papel dos criadores de conteúdo, que perderam seguidores. Mas com o afrouxamento da quarentena, o público voltou a acompanhá-los.
Marcas crescem de um ano para outro no Instagram
Enquanto as celebridades ficam nesse sobe e desce, as marcas estão, desde 2019, em alta no que diz respeito à média de seguidores em seus perfis. Comparando o terceiro trimestre de 2019 com o mesmo período deste ano, houve um crescimento aproximado de 22% entre as 100 principais marcas acompanhadas no Instagram.
Se em uma das redes de Mark Zuckerberg a tendência é de crescimento, na outra os números estão praticamente estáticos entre 2019 e 2020. No Facebook, o segmento “Marcas/Institucional” tinha uma média de 2.697.511 de curtidores em julho, agosto e setembro do ano passado. Nos mesmos meses deste ano, os números nessa categoria ficaram em 2.664.168.
Já a categoria “e-commerce” apresentou declínio na quantidade de curtidores no Facebook. No terceiro trimestre de 2019, a média era de 1.729.220 de usuários. Em 2020, no mesmo período, foi de 1.664.357.
Outros achados da pesquisa
– A categoria “Bens de Consumo” é a que mais investiu em impulsionamento de posts no 3º trimestre de 2020: 55% de suas postagens foram promovidas.
– A categoria “Entretenimento” gerou mais engajamento no Facebook no período analisado, com 3.171 interações em média por postagem.
– As marcas fizeram, em média, 22 postagens por semana no Instagram em julho, agosto e setembro de 2020. Nos três meses imediatamente anteriores, esse número era de 14.
– 33% das postagens dos 100 maiores perfis brasileiros no Instagram, realizadas no terceiro trimestre, não utilizaram nenhuma hashtag.
Os relatórios do estudo “Mídias Sociais 360o” (#MS360FAAP) estão disponíveis no site www.faap.br/ms360faap.