O mundo mudou completamente com a crise causada pelo novo coronavírus. Como vitrine de tudo o que acontece e, ao mesmo tempo, válvula de escape, as redes sociais estão sendo ainda mais utilizadas neste período muito por conta do confinamento, já que os usuários ficam conectados praticamente o tempo todo.
Diante deste cenário, os criadores de conteúdo, influenciadores digitais e as celebridades ganharam mais seguidores no Instagram. É o que indica o mais recente relatório #MS360FAAP, produzido pela Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP), por meio de seu Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD), em parceria com a plataforma Socialbakers.
Em sua primeira edição do ano, o relatório, que mede trimestralmente o comportamento das 100 marcas e celebridades brasileiras com mais interações no Facebook e Instagram, mostra que, em relação ao trimestre anterior, a média de crescimento de seguidores de celebridades e influenciadores digitais foi de 17,3% (Instagram), com número médio de seguidores chegando a mais de 13 milhões. No fim do ano passado, esse número era de 11,7 milhões.
Essa atitude pode ser explicada pelo interesse do usuário em buscar referências externas. Neste período de quarentena, cresceu a busca por conhecer e seguir pessoas que possam indicar algum tipo de comportamento considerado ideal.
Ao contrário das celebridades, as marcas não traçaram o mesmo caminho de crescimento no Instagram. Talvez pela dificuldade que as pessoas tenham em consumir algo agora ou pelo interesse geral estar voltado a outros assuntos. De janeiro a março deste ano, o volume médio de seguidores do segmento foi de 1.954.007 para 2.097.368 – um crescimento de 7,33%.
Na outra rede de Mark Zuckerberg, o que chamou a atenção foi a queda no número médio de seguidores das páginas de todas as categorias analisadas. No segmento “Mídia/Notícias”, por exemplo, o primeiro trimestre de 2020 ficou com uma média de 3,4 milhões de fãs. Já no período imediatamente anterior, em 2019, o número médio era de 5,5 milhões.
Uma possível explicação para essa diminuição no número de fãs das páginas do Facebook é a quantidade de informações desencontradas e campanhas de desinformação a que todos fomos submetidos desde o início da pandemia.
Como o compartilhamento de informações é maior pelas próprias características da plataforma, a confiança dos usuários a respeito do conteúdo encontrado acabou diminuindo.
Mais números
· No Facebook, o segmento que mais investiu em impulsionamento no primeiro trimestre deste ano foi o de “Bens de Consumo”: 63% das postagens tiveram algum investimento.
· No Instagram, as marcas publicaram, em média, 19 vezes por semana durante os três primeiros meses de 2020.
· Nesse mesmo período, em 26% das publicações no Instagram não houve nenhuma hashtag.
· O tempo médio de resposta das 100 maiores páginas do Facebook no início do ano de 2020 foi de 33 horas e 34 minutos.
Os relatórios do estudo “Mídias Sociais 360º” (#MS360FAAP) estão disponíveis no site www.faap.br/ms360faap.