Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o MAB FAAP apresenta a exposição “Modernos”. A mostra está dividida em dois grandes núcleos: Antes de 1922, com curadoria de Felipe Chaimovich, fica em cartaz por três meses, e Depois de 1922, com curadoria de Laura Rodríguez, segue até novembro.
O núcleo Antes de 1922 contempla o envolvimento da família Prado – considerada uma das mais influentes famílias paulistas – com as artes, incluindo o financiamento da Semana de 1922 pelo mecenas Paulo Prado, um dos principais incentivadores do movimento.
O público pode apreciar, por exemplo, obras de Antônio Parreiras, Eliseu Visconti, Estevão Silva, Georg Grimm e João Batista Castagneto. Para constituir esse núcleo, o MAB FAAP conta com a parceria de outras instituições, que emprestaram obras de seus acervos, como a Pinacoteca de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Museu Afro Brasil, o Itaú Cultural, o Museu Antonio Parreiras (RJ) e o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA RJ).
O núcleo Depois de 1922 apresenta uma seleção de obras do acervo do MAB FAAP, organizadas em uma série de agrupações de artistas que surgiram depois de 1930. O objetivo é mostrar a ebulição característica das vanguardas até o surgimento dos grupos concretistas.
Entre os coletivos abordados estão o Núcleo Bernardelli, Clube dos Artistas Modernos, Grupo Santa Helena, Grupo Guanabara e Atelier-abstração. Além do eixo Rio-São Paulo, a mostra destaca, ainda, as reverberações do modernismo junto com a arte popular em outras regiões do Brasil. Uma cronologia aponta os eventos de maior importância, determinantes na sucessão de transformações que foram ocorrendo nas principais capitais.
A partir de junho, após a saída do núcleo temporário Antes de 1922, o espaço recebe outras obras do acervo, ampliando o núcleo Depois de 1922. Serão obras dos grupos Concretistas de São Paulo e Rio de Janeiro, do grupo Realismo Mágico liderado por Wesley Duke Lee e por uma seleção dos primeiros professores e alunos da FAAP.