O Museu de Arte Brasileira da FAAP inaugura, no dia 14 de maio, terça-feira, a partir de 10h, a exposição Latência, do artista brasileiro Dee Lazzerini. Com curadoria de Laerte Ramos, a exposição apresenta cerca de 250 obras, entre instalações, esculturas e audiovisual. Entre elas, 110 obras são em pequenos formatos, esculturas criadas em poliuretano e “pinçadas” por milhares de alfinetes, principal marca do artista.
“Latência é quando a coisa está para acontecer, um pouco antes do seu clímax”, explica o artista. “É um instante de tempo de suspensão absoluta antes do riso, do choro, do nascimento ou da morte”, afirma. O uso de milhares de alfinetes dá o tom da exposição e é sua marca registrada. O artista afirma que tem uma relação afetiva com o alfinete como material porque “todas as mulheres da minha família bordavam. Ele é frágil, mas ao mesmo tempo perfurante e pode ser agressivo”, conta.
Nascido em Belo Horizonte, em 1977, Lazzerini fez mestrado e doutorado em Engenharia Metalúrgica na área de Biomateriais. Dedicou-se ao estudo da nanotecnologia e desenvolveu um tipo de poliuretano para fazer a aplicação dos alfinetes nas suas obras. Tem uma trajetória de 20 anos nas artes visuais. “Por muitos anos trabalhei com uma técnica chamada pontilhismo, mas com o passar do tempo esses pontos tiveram que ganhar corpo, ganhar forma, ganhar volume. A partir disso essas esculturas foram nascendo”, conta, sobre o processo criativo da atual produção.
O artista é selecionado pelo programa Dan Acredita, da Dan Galeria, uma das mais tradicionais da capital paulista, para dar visibilidade para a produção artística de profissionais com uma trajetória sólida nas artes visuais e sem representação de galerias.