A exposição “De Fio a Fio – a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22” é promovida pela World Textile Art (WTA) no Brasil para celebrar a realização da 10ª Bienal Internacional de Arte Têxtil Contemporânea, que nesta edição, sediada em Miami, comemora também o Jubileu de Prata da WTA e o Centenário da Semana de Arte Moderna Brasileira.
A exposição mostra a importante herança têxtil brasileira, traçando um panorama a partir da obra de Regina Gomide Graz, desde a Semana de Arte Moderna de 1922. A cronologia também inclui a continuidade desse legado, com o surgimento do Atelier Douchez-Nicola de Norberto Nicola e Jacques Douchez, e seus reflexos na arte têxtil contemporânea.
Com curadoria conjunta de Denise Mattar, Eva Soban e Juan Ojea, apresenta um conjunto de 30 obras têxteis de diversos artistas contemporâneos e homenageia os três expoentes do segmento. A mostra também presta seu tributo ao local escolhido para sediá-la: há quase 50 anos, o MAB FAAP foi palco da Primeira Mostra Brasileira de Tapeçaria (1974).
Núcleos
“De Fio a Fio – a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22” é composta por três núcleos. Os dois primeiros – Centenário da arte têxtil no Brasil – homenageiam Regina Graz Norberto Nicola e Jacques Douchez.
A artista Regina Graz, pioneira da arte têxtil no Brasil e no interesse pela tradição indígena brasileira, participou da Semana da Arte Moderna de 1922 e é uma das introdutoras do estilo art déco.
Norberto Nicola, artista que colocou o têxtil em Bienais, é criador da Trienal de Tapeçaria e responsável por organizar a 1ª Mostra Brasileira de Tapeçaria feita no MAB FAAP ao lado do sócio, Jacques Douchez, no Ateliê Douchez-Nicola de tapeçaria.
O artista tapeceiro, Jacques Douchez, expôs em 1974 na 1ª Mostra Brasileira de Tapeçaria, em São Paulo, na 3ª Bienal de Medellín, na 7ª Bienal de Tapeçaria de Lausanne e na 1ª Trienal de Tapeçaria de São Paulo. Suas obras exploravam a tridimensionalidade e o equilíbrio das cores e texturas.
O terceiro núcleo – Os 25 anos da WTA – traz obras inéditas de um coletivo de 26 artistas contemporâneos, que se utilizam da fibra como forma de expressão.
Além dos três artistas homenageados, também participam da exposição: Adriana Gragnani, Alexandre Heberte, Andréa DallÓlio, Claudia Azeredo, Claudia Dias, Elke Hulse, Eva Soban, Giuliana Sommantico, Jacqueline Chiabay, Joedy Marins, Juan Ojea, Luciane Sell, Magy Imoberdorf, Maria Villares, Marina Godoy, Marta Meyer, Miko Hashimoto, Miriam Pappalardo, Patricia Tavares Sores, Renata Meirelles, Renato Dib, Rosane Morais, Samantha Ortiz, Teresa Albano, Veronica Filipak e Zoravia Bettiol.