Nossos Cursos
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Arte e Cultura
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FAAP Moda
20ª Edição
Ano
2025
Participante
Sophia Cravo
Tema
Coleção “O Espaço Entre”
Velhos mementos de vidas e personagens passados, dispersos entre fragmentos de vidro quebrado e flores murchas. A ferrugem e a chuva manchavam os tecidos translúcidos de lenços antigos e esquecidos. Os besouros caminham sobre tapeçarias rasgadas pelo tempo, e as gotas douradas de orvalho cobrem as teias, brilhando sob o alvor da manha.
Havia uma vez uma jovem menina, presa também no espaço entre o tempo; ela se escondia das pessoas ao seu redor no jardim invisível, para brincar com todas essas memórias antigas e belas que ninguém parecia notar. Deitava-se entre as folhas caídas, sob céus repletos de estrelas para sonhar. cada objeto, um portal; cada fragmento, um conto à espera de ser contado.
Velhos mementos de vidas e personagens passados, dispersos entre fragmentos de vidro quebrado e flores murchas. A ferrugem e a chuva manchavam os tecidos translúcidos de lenços antigos e esquecidos. Os besouros caminham sobre tapeçarias rasgadas pelo tempo, e as gotas douradas de orvalho cobrem as teias, brilhando sob o alvor da manha.
Havia uma vez uma jovem menina, presa também no espaço entre o tempo; ela se escondia das pessoas ao seu redor no jardim invisível, para brincar com todas essas memórias antigas e belas que ninguém parecia notar. Deitava-se entre as folhas caídas, sob céus repletos de estrelas para sonhar. cada objeto, um portal; cada fragmento, um conto à espera de ser contado.
Por meio de cada rasgo em um vestido antigo ou de uma pena caída de um chapéu, é possível criar as histórias que pertencem a cada objeto. São as marcas deixadas para trás que tecem nossa memória coletiva e nossa história e é pela imaginação que nos libertamos da nossa própria fi nitude e nos tornamos eternos.
O tempo, pra mim, é a mais sublime de todas as forças, indomável, mas de uma beleza indescritível. É ele que dá sentido a tudo, e não estamos separados dele; antes, o tempo se materializa através de nós.
A única fronteira entre o belo e feio é o tempo que dedicamos a compreender o contexto que transforma tudo em poesia.
Quero falar do valor de objetos velhos, quero falar de roupas como mementos e objetos que carregam historia, memória e identidade. Mostrar que o tempo, que a tudo envelhece não é nosso inimigo, novo nem sempre quer dizer melhor. A proposta é trabalhar com tecidos antigos, upcycling, e dead stock, trazendo silhouettes históricas reinterpretadas, técnicas esquecidas e processos naturais como tingimento botânico, e envelhecimento dos tecidos. Não podemos deixar que o momento de aceleração e alienação que vivemos nos impeça de enxergar a poesia e deixarmos nossa sensibilidade se perder.
FAAP Moda
20ª Edição
Ano
2025
Participante
Sophia Cravo
Tema
Coleção “O Espaço Entre”
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