“Lament for the velvety moths, for the moths were lovely,
Often their tender thoughts, for they thought of me,
Eased the neurotic ills that haunt the day.
Now and invisible evil takes them away”
– Tennessee Williams

Havia uma vez um jardim escondido, oculto entre as multidões apressadas, invisível aos olhos de todos aqueles que, mergulhados nas preocupações do cotidiano, não conseguiam perceber a beleza que estava neste refúgio secreto.

FAAP Moda

20ª Edição

Ano

2025

Participante

Sophia Cravo

Tema

Coleção “O Espaço Entre”

SOPHIA-D’-ALMEIDA-COUTO-CRAVO

Havia uma vez um jardim escondido, oculto entre as multidões apressadas, invisível aos olhos de todos aqueles que, mergulhados nas preocupações do cotidiano, não conseguiam perceber a beleza que estava neste refúgio secreto.

Velhos mementos de vidas e personagens passados, dispersos entre fragmentos de vidro quebrado e flores murchas. A ferrugem e a chuva manchavam os tecidos translúcidos de lenços antigos e esquecidos. Os besouros caminham sobre tapeçarias rasgadas pelo tempo, e as gotas douradas de orvalho cobrem as teias, brilhando sob o alvor da manha.

Havia uma vez uma jovem menina, presa também no espaço entre o tempo; ela se escondia das pessoas ao seu redor no jardim invisível, para brincar com todas essas memórias antigas e belas que ninguém parecia notar. Deitava-se entre as folhas caídas, sob céus repletos de estrelas para sonhar. cada objeto, um portal; cada fragmento, um conto à espera de ser contado.

Velhos mementos de vidas e personagens passados, dispersos entre fragmentos de vidro quebrado e flores murchas. A ferrugem e a chuva manchavam os tecidos translúcidos de lenços antigos e esquecidos. Os besouros caminham sobre tapeçarias rasgadas pelo tempo, e as gotas douradas de orvalho cobrem as teias, brilhando sob o alvor da manha.

Havia uma vez uma jovem menina, presa também no espaço entre o tempo; ela se escondia das pessoas ao seu redor no jardim invisível, para brincar com todas essas memórias antigas e belas que ninguém parecia notar. Deitava-se entre as folhas caídas, sob céus repletos de estrelas para sonhar. cada objeto, um portal; cada fragmento, um conto à espera de ser contado.

O espaço entre o tempo, esse fio dourado que conecta os dois, entrelaçado na tapeçaria do destino, é onde a imaginação nasce.

Por meio de cada rasgo em um vestido antigo ou de uma pena caída de um chapéu, é possível criar as histórias que pertencem a cada objeto. São as marcas deixadas para trás que tecem nossa memória coletiva e nossa história e é pela imaginação que nos libertamos da nossa própria fi nitude e nos tornamos eternos.

O tempo, pra mim, é a mais sublime de todas as forças, indomável, mas de uma beleza indescritível. É ele que dá sentido a tudo, e não estamos separados dele; antes, o tempo se materializa através de nós.
A única fronteira entre o belo e feio é o tempo que dedicamos a compreender o contexto que transforma tudo em poesia.

Quero falar do valor de objetos velhos, quero falar de roupas como mementos e objetos que carregam historia, memória e identidade. Mostrar que o tempo, que a tudo envelhece não é nosso inimigo, novo nem sempre quer dizer melhor. A proposta é trabalhar com tecidos antigos, upcycling, e dead stock, trazendo silhouettes históricas reinterpretadas, técnicas esquecidas e processos naturais como tingimento botânico, e envelhecimento dos tecidos. Não podemos deixar que o momento de aceleração e alienação que vivemos nos impeça de enxergar a poesia e deixarmos nossa sensibilidade se perder.

FAAP Moda

20ª Edição

Ano

2025

Participante

Sophia Cravo

Tema

Coleção “O Espaço Entre”

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