Isadora Jungton

Fez-se dentro do oceano que carrego em mim, Mergulho. Uma coleção que aborda o mundo pelas lentes do sensível, que tem como referencial para criar, a própria linguagem deste processo.

Ela surge de um exercício de metalinguagem incitando a um momento de introspeção para o autoconhecimento, despertando nossa sensibilidade em relação a vida.

FAAP Moda

17ª Edição

Ano

2021

Participante

Isadora Jungton

Tema

Coleção “Mergulho”

Isadora_Jungton

Ela surge de um exercício de metalinguagem incitando a um momento de introspeção para o autoconhecimento, despertando nossa sensibilidade em relação a vida.

Uma artista que celebra esses conceitos em suas criações é a cineasta japonesa Naomi Kawase. Ela nos propõe uma viagem intima e poética sobre nós mesmos, sempre colocando em discussão o sentido da vida, a relação do homem com a natureza e nós perante nós mesmos.

Kawase mostra com maestria, de que filme a filme ela se conhece mais. Seu cinema que mistura a ficção com documentário, mostra com nitidez que ela usa de sua arte para entender questões pessoais e seu cinema vira quase que autobiográfico. Há todo um universo no seu olhar para a natureza, ela nos convida a nos encontrar nos fenômenos da natureza que retrata. Com sua expressão singular, apresenta a natureza quase como protagonista. Ao retratar os contrastes dos fenômenos naturais (chuva, o mar tempestuoso, as ventanias) com o olhar sereno de suas lentes, parece que exprimem como um eco as nossas vivencias humanas. Em seus filmes a água é muito presente, como por exemplo o mar em tempestade, ou em chuvas que dialogam com o silencio dos personagens, ou na imensidão do oceano.

Uma artista que celebra esses conceitos em suas criações é a cineasta japonesa Naomi Kawase. Ela nos propõe uma viagem intima e poética sobre nós mesmos, sempre colocando em discussão o sentido da vida, a relação do homem com a natureza e nós perante nós mesmos.

Kawase mostra com maestria, de que filme a filme ela se conhece mais. Seu cinema que mistura a ficção com documentário, mostra com nitidez que ela usa de sua arte para entender questões pessoais e seu cinema vira quase que autobiográfico. Há todo um universo no seu olhar para a natureza, ela nos convida a nos encontrar nos fenômenos da natureza que retrata. Com sua expressão singular, apresenta a natureza quase como protagonista. Ao retratar os contrastes dos fenômenos naturais (chuva, o mar tempestuoso, as ventanias) com o olhar sereno de suas lentes, parece que exprimem como um eco as nossas vivencias humanas. Em seus filmes a água é muito presente, como por exemplo o mar em tempestade, ou em chuvas que dialogam com o silencio dos personagens, ou na imensidão do oceano.

Análoga a essa tela de kawase, está a estética da coleção Mergulho. Ela é banhada pelas nuances de cor que vemos na fotografia da cineasta, uma gradação de tons pálidos de azul, cinza, nude e branco, este sendo a principal cor da coleção, é o reflexo da luz desse cinema contemplativo, dando a ideia desse extraordinário.

Essa luminosidade de sua fotografia inspira os toques acetinados dos tecidos. No seu cinema transcendente, ela retrata o dialogo da água com a vida, inspirando a escolha dos tecidos leves e fluidos, que se movem com a correnteza. Há também muita renda nos looks, em homenagem a presença das formas das florestas de Naomi, inspiram também a maquete da coleção. Os volumes e sobreposições nas silhuetas se espelham na forma orgânica das ondas e nas pétalas de flores. inspiradas no convite da cineasta para observar coisas sutis do nosso ordinário que aludem a esse extraordinário. Desse sopro surgem as texturas dos plissados e franzidos da coleção. Outro imagem da coleção é esse visual de gigantismo das roupas em relação ao corpo, referentes a Kawase em suas obras, de que estamos imersos em nós mesmos em voceanos.

Coleção “Mergulho”

FAAP Moda

17ª Edição

Ano

2021

Participante

Isadora Jungton

Tema

Coleção “Mergulho”

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