Por prof. Edson Canela
“A educação gera confiança. A confiança gera esperança. A esperança gera paz.” — Confúcio
Entre os dias 13 e 24 de outubro de 2025, a FAAP realizou mais uma etapa de seu projeto de internacionalização acadêmica: a Missão à China, organizada pelo Instituto Confúcio para Negócios FAAP e a UIBE, sob a coordenação do professor Edson Canela, onze alunos percorreram Beijing e Xangai em uma jornada que uniu tradição, modernidade e formação global.
A chegada a Beijing marcou o início de uma experiência que entrelaça dois mundos acadêmicos. O grupo foi recebido pela University of International Business and Economics (UIBE), instituição parceira da FAAP, em um encontro que reafirmou a solidez da cooperação entre as universidades. A recepção, que incluiu o vídeo da missão anterior e uma conversa com professores chineses, deu o tom da viagem: respeito mútuo, curiosidade intelectual e abertura ao diálogo cultural.
As primeiras caminhadas pela capital chinesa revelaram aos alunos a presença tangível de séculos de história. A visita à Cidade Proibida, com sua arquitetura monumental, e à Muralha da China, fizeram com que muitos percebessem, pela primeira vez, a escala impressionante da civilização que estudam nos livros.
Em Xangai, o cenário mudou — mas o impacto permaneceu. A missão seguiu na Shanghai Normal University, onde os estudantes participaram de aulas intensivas de mandarim e, com entusiasmo visível, se prepararam para prestar o exame HSK. Todos realizaram o HSK 1, e dois deles o HSK 2, um feito relevante para um grupo de iniciantes. A aula preparatória, ministrada na véspera do exame, transformou a ansiedade em energia coletiva: perguntas, risos, tentativas de pronúncia e uma dedicação que impressionou até os professores locais.
O conteúdo acadêmico não se limitou à língua. A universidade ofereceu uma aula especial sobre economia e desenvolvimento da China, despertando a curiosidade dos estudantes, que dialogaram, questionaram e buscaram compreender os mecanismos que transformaram o país em uma potência contemporânea. As atividades culturais — cerimônia do chá, corte de papel (jiǎnzhǐ) e caligrafia chinesa — completaram essa visão, mostrando que inovação e tradição, na China, convivem não como opostos, mas como partes de um mesmo sistema de valores.
Nas ruas de Xangai, entre o brilho do The Bund e as redondezas tranquilas de Wukang Road, os alunos descobriram uma cidade que impressiona pela eficiência, pela tecnologia e pela estética urbana. A experiência no trem-bala, capaz de cruzar longas distâncias com precisão quase silenciosa, reforçou a percepção de que a China é um país que se move rápido — e com clareza de propósito.
Para muitos, o que mais chamou atenção foi a segurança. Caminhar tarde da noite, circular em estações movimentadas ou explorar bairros desconhecidos tornou-se uma atividade natural. Somada à hospitalidade das pessoas, à preservação histórica e ao funcionamento impecável da infraestrutura, essa sensação marcou profundamente o grupo.
Ao refletir sobre a missão, resumo o espírito dessa aproximação entre países e instituições da seguinte forma: “A FAAP e a China compartilham a convicção de que a educação transforma. Levar nossos estudantes a outro continente, colocá-los diante de uma nova língua e convidá-los a dialogar com outra cultura é abrir caminho para uma formação mais plural, preparada e conectada ao mundo.”
A missão também reforçou pilares centrais da estratégia internacional da FAAP: a ampliação do ensino de mandarim, a formação global dos estudantes e a construção de uma rota acadêmica Brasil–China. Os resultados futuros — novos programas, intercâmbios, iniciativas conjuntas e novas edições da missão — já se delineiam como possibilidades concretas.
Os alunos retornaram ao Brasil maravilhados com a modernidade, a receptividade e a potência cultural que encontraram. A Missão à China 2025 cumpriu integralmente seu propósito: ampliar horizontes, fortalecer competências e criar pontes que, como ensinam os grandes pensadores chineses, só se sustentam quando construídas com respeito, curiosidade e vontade de aprender.