Vitrais
Duas peças do acervo do MAB que se tornaram cartão de visita do prédio principal da FAAP são os painéis de vitrais realizados pela Casa Conrado.
O primeiro ocupa a parede oposta à entrada do edifício e reúne 59 projetos assinados por artistas brasileiros da grandeza de Candido Portinari, Fúlvio Pennacchi, Lasar Segall e Tarsila do Amaral.
O vitral do teto tem autoria da artista Claudia Andujar.
Esses vitrais representam parte da história das artes plásticas e também da arte dos vitrais no Brasil, sendo, portanto, um patrimônio do país.
Histórico dos vitrais
O gigantesco painel-vitral e a composição dos vitrais que formam a claraboia no hall do MAB FAAP são destaques na arquitetura do prédio.
Esses painéis foram instalados entre 1959-60 para a abertura do MAB. Feitos sob a coordenação inicial de Pietro Maria Bardi, os vitrais que compõem o painel se baseiam em obras de artistas brasileiros consagrados: Antonio Gomide, Bruno Giorgi, Candido Portinari, Lasar Segall, Samson Flexor, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, entre outros.
Características

São mais de 350 m² – aproximadamente 230 m² na escadaria e 126 m² no teto. O painel da escadaria é composto de 216 quadros de 103 x 103 cm, dos quais 59 são vitrais artísticos entremeados por vidros leitosos com pintura de “cipós” feitos por Claudia Andujar, artista naturalizada brasileira, autora também do painel da claraboia.
No teto, são 121 quadros separados por caixilhos em estrutura de concreto: todos esses quadros são vitrais e o conjunto é, segundo a autora, a representação de uma floresta tropical.
Execução - Responsável
A execução dos painéis foi de Conrado Sorgenicht, considerado o papa dos vitralistas brasileiros, descendente de alemães, filho e neto de vitralistas. A família Sorgenicht chegou a São Paulo em 1888 e fundou a Conrado Vitrais e Cristais, responsável pelos vitrais da Catedral da Sé, do Teatro Municipal, do Mercado Central e da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, entre outros.
Técnica
A técnica utilizada na execução dos vitrais da escadaria é a mesma adotada pelos vitralistas desde a Idade Média: cada vidro colorido é recortado em uma área única de cor, e cada uma dessas peças são juntadas às outras por perfis de chumbo.
No caso do teto, a artista Claudia Andujar não queria que a junção fosse feita com chumbo, e Sorgenicht encaixou os vidros coloridos entre duas camadas de vidro translúcido.