Inspirando-se diretamente em gravuras da Revolução
Cultural, ele justapõe imagens de trabalhadores e de camponeses
em posturas heróicas da propaganda comunista com logos de marcas
de produtos de consumação ocidentais: Coca- Cola, Marlboro,
Cartier, Audi, etc.
Esta combinação de símbolos políticos e
comerciais, aparentemente arbitrária, cria um efeito cheio de
humor e de absurdo, como uma sátira mordaz da ideologia de Mao
por um lado, e por outro, a cegueira insensata causada pelos produtos
de consumação que submergiram a China de hoje.
Última réplica dos movimentos Pop nascidos no ocidente,
a "Arte Pop Política" chinesa é uma das primeiras
manifestações da arte contemporânea na China no
final dos anos 80.
Em sua série "Visa", Wang Guangyi evoca de maneira
irônica e indireta os problemas administrativos da China, como
por exemplo, a dificuldade que existe para uma artista obter um passaporte
ou um visto para sair do país (o que acontece menos hoje em dia).
Por outro lado, em 1995, muitos artistas de Pequim se apaixonaram por
cães de raça. Encontramos igualmente cães no trabalho
de Liu Wei, Zeng Fanzhi e Zhou Chunya.
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