Este
movimento contribui para a Revolução de 1949 e nessa época
os artistas viram-se em direção à pintura a óleo
(youhua) como alternativa à pintura tradicional à tinta
e pincel (guohua).
Os reformistas propõem tomar como exemplo o
realismo ocidental e enviar os artistas para o exterior para que estudem
as técnicas artísticas modernas e os sistemas de educação,
de maneira a estabelecer academias próprias para difundir os
novos métodos.
Em Paris,
Lin Fengmian (1900 - 1991) adere ao Fauvismo, Liu Haisu (1896-1994)
ao Impressionismo, enquanto Xu Beihong(1895-1952) permanece fiel ao
Realismo do século XIX. É ele quem, de volta à
China, convence as autoridades a estabelecer em Academias este modelo
de pintura do real.É desta época que data a supremacia
do Realismo nas Academias chinesas, supremacia que dura até hoje.
Depois da Revolução de 1949 e da proclamação
da República Popular da China, um modelo rígido passa
a ser aplicado aos artistas.
Fundado sobre um texto redigido por Mao Tsé Tung em 1942, a arte
é declarada estar ao serviço do povo e ao serviço
da revolução.
A partir
disso, a arte pela arte é banida e os artistas - considerados
exército cultural - desenvolvem um realismo revolucionário
utopista
colocando o proletariado e o campesinato como heróis.
O enquadramento e a censura são rígidos no interior das
Academias e das associações de artistas, e encontram seu
apogeu na Revolução Cultural (1966-1976) em que os artistas,
assim como os intelectuais, são os alvos.
A morte de Mao Tsé Tung traz de volta, com a política
da porta aberta de Deng Xia Ping, uma relativa liberdade de expressão
para os artistas. Outros movimentos surgem e testemunham a chegada de
uma verdadeira arte contemporânea chinesa.
A relação
com o poder chinês continua difícil, os artistas não
podem atacar o poder diretamente, mas agem através de ironia,
alusões e zombaria. Nessa época, muitas exposições
são censuradas e abortadas. Todavia, a situação
das autoridades chinesas é hoje em dia mais tolerante e liberal.
Em
1993 ocorre a internacionalização do movimento. É
nesse ano que acontece a Bienal de Veneza que apresenta 13 artistas
chineses. Nos anos seguintes, vários museus recebem exposições
desta vanguarda chinesa.
Em 1999, 25% dos artistas presentes na Bienal de Veneza são chineses.
Cai GuoQiang é quem recebe o prêmio da Bienal com sua escultura-instalação
"The rent collection courtyard". Esta consagração
se torna causa de uma polêmica complexa no meio da arte contemporânea
na China. Esta polêmica revela as tensões entre a arte
experimental e a arte acadêmica na China, entre intelectuais chineses
e críticos ocidentais.
A
Bienal de Xangai de 2000, com 2 curadores chineses e 2 curadores internacionais
(Hou Hanru e Shimizu Toshio), consagra a abertura da China em matéria
de arte contemporânea. A exposição "off bienal"
e a famosa "Fuck-off" organizada pelo artista Ai Wei Wei,
são bastante radicais e trazem experimentos de artistas a partir
de fetos e de restos humanos. Na época, mesmo contra todas as
expectativas, estas exposições não foram fechadas
pelas autoridades.
Alguns Artistas Contemporâneos:
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