Uma de suas criações é a de mulheres
que apanham e testemunham a crueldade e a violência do mundo moderno
na China contemporânea. Jovens com ideais, utopias, que levam
socos. Imagens claras, límpidas, clínicas de corpos contundidos,
com machucados ensangüentados, cicatrizes costuradas. Visão
crua do corpo humano que procede do princípio de realidade unindo
uma preocupação central (o corpo, o rosto, o retrato)
dos artistas contemporâneos chineses.
Em "Rape Girl" as novas tecnologias são visadas. Um
personagem virtual, clonado, asseptizado, meio robô, meio criatura
do espaço, violenta uma jovem com a pele trêmula. É
uma visão do ponto de vista dos excluídos, das vítimas,
que testemunham este medo, esta angústia diante de um mundo tecnológico,
acelerado e mundialista.
|